Ah! Se eu pudesse ser eu mesma,
Sem aquele dom de não amar-te
Por recear teu gosto descortês,
Vergonhosa ofensa, acusação delirante.
Ah! Meu doce equívoco!
Minha arroçada aventura!
Eu não esperava nem mais um instante
Para te dizer que a minha alma
Arde em loucura...
Ah! Se eu pudesse situar-me no tempo
E pôr de parte os velhos conceitos
De amor ultrapassado...
Ah! Meu doce engano!
Minha aurora de vento!
As minhas palavras não teriam fundamento
E, na hora de confessar-te
O segredo que me atormenta,
A minha voz mentiria sem querer...
Ah! Se eu pudesse não viver
Para não cair na tentação de te ferir
E inconscientemente trair quem não merece...
Ah! Meu desejo ardente!
Minha concha de medo!
Eu só lamento não ter coragem
De desvendar o meu segredo!
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