Alma gémea da minha alma,
Flor de luz da minha vida,
Sublime estrela caída
Nas belezas da solidão!...
Quando eu errava no mundo
Triste e só, no meu caminho
Chegaste devagarinho,
E encheste-me o coração.
Vinhas na benção dos deuses,
Na divina claridade,
Trazias a Felicidade
Em sorrisos de esplendor...
És meu tesouro infinito,
Juro-te eterna aliança,
Porque eu sou tua esperança,
Como tu és pra mim, meu Amor!
Para um montão de coisasserve o tempo,
mas, particularrmente serve à vida;
o tempo é, tanto o quanto a própria vida,
a vida é o decorrerdo próprio tempo.
Para servir à vida veio o tempo,
para ocupar o tempoimpôs-se a vida;
em certo tempo Deus criou a vida
e com a vida enriqueceu o tempo.
Os valores da vida nem o tempo
consegue destruir, e a própria vida
se aperfeiçoa no devido tempo.
Obras primas de Deus, o tempo e a vida
nos dirão, certamente, à luz do tempo,
o segredo do tempo à luz da vida!
Quando penso em ti, ó Missionário,
Meu pensamento voa p'ra além do mar,
Por labirintos de sertões, solitário,
Aguardando o instante de te avistar.
Por tudo isso divisa-se em fadário
Ignoto herói, tu que vais a rebocar
Os pobres pretinhos, que no Calvário
Têm Cristo como nós, veio resgatar.
Homem de Deus, homem louco ´d'amor,
Por pouco não vou pró meio daa estraada,
Para enxugar teu corpo de suor.
Depois, olhas mansamente p'ra mim,
Quando passaas aadiante, correndo,
Não dizes naada... Fico olhando a rota
Que tu sabiamente vais fazendo.
As árvores estão mirradas,
As crianças não têm braços,
Os adultos não sabem rir,
A morte morqa aqui.
Hiroshina!
A explosão
da ignomínia.
Uma chaga que mata
Na ordem fria e inumana.
Hiroshina!
No amanhecer do apocalipse
A destruição e...a vergonha
De toda uma geração.
A cidade da morte
Na glória alucinada
Da ambição e do poder
O que resta?
Hiroshina... Hiroshina...
Uma flor transmite amor
Recebe-lo, é contigo
Que não sejas indiferente
Aconselha-te um amigo!
Observa-a com cuidado
Acaricia-a com amor
Pensa bem. Quem mo-la deu
Não é obra do Senhor?
Entãoi vê-a mais de perto
Com o coração aberto...
Agradecendo então,
Mas de todo o coração;
Ela nos mostra a beleza
Com a sua singeleza
Que toda a flor nos dá
Tentai sempre protegê-la
Assim poderei revê-la
Como obra do Senhor
E vê-la, quem quer que seja
O amor que se deseja,
Está contido numa flor.
Um vento leve agita as folhas dos choupais.
Rouxinóis ao poente elevam seus cantares
E a manta acinzentada destes olivais
Abriga revoadas de álacres pardais
Profunda melancolia, o lúgubre harpejo,
A tormenta, a ânsia, a solidão, o desespero,
Um árido deserto em ardente estio.
Quando a luz dos teus meigos olhoseu não vejo!
Cristo,
Tenho medo!
Ontem,
na tela que vivi
apontaram-me
rostos molhados
sob pinceladas lúgubres,
gente atrofiada
pingando ausência,
alegria infantil
despejando nostalgia.
Rogaram presença.
E mereciam-na!
Permaneci estática
quase estarrecida,
por assimilar
que alguém
de mim espera
que mil sóis brotem
da seara envergonhada
despontando apenas cobardia.
Alguém de esperança
perdoa o irrealizável!...
Depois de um amanhã
num mar imenso de Deus,
quero velejar
meu barco
pilotando a dois.
Um Cristo
norteará nossa bússola
a quatro mãos, erguida.
Talvez enrão,
(mas só então!!!)
dois mil sóis rairão....
... Imobilizando
desfavoráveis certezas.
A andorinha partiu.
O Sol mais cedo se deitou.
A chuva miudinha caiu,
Então o Outono chegou.
A videira triste está a chorar,
Ela sem uvas ficou.
Cheira a vinho novo no lagar,
Então o Outono chegou.
As temperaturas desceram.
O vento assobiou.
As aulas já começaram,
Então o Outono chegou.
Os lagartos hibernaram.
A árvore despida ficou.
As folhas soltas dançaram,
Então o Outono chegou.
Lá fora a chuva
Batendo suave
Caindo surda.
Cá dentro a solidão
Gritando - bem alto:
- Não quero estar só!
Eco que soa
E corre
Silêncio fora
Quatro paredes adentro
Do meu labirinto.
Rumor wque se cala
E perde nas gotas
Que o apreciam languidamente,
Na carícia que o envolve
Sofrega
Ao sair ele à rua
A amar a chuva
... Que o vem amar
Quando expira a nostalgia
Degrau caída..., no patamar
Ao lado da companheira
Cansada e tropega
De a buscar.
Leva o vento
O acto de amar comprimidoi
No infinito cinzento
Do firmamento~
Esvalido.
Trago-o eu
Ao encontrá-lo
Perdido...
Morrendo...
Morrendo perdido
NBa morte
De não saber dar.
Cá dentro a chuva...
Chovendo a solidão.
Lá fora a solidão...
Chovendo a chuva.
Chove.
Hoje.
Ah! Se eu pudesse ser eu mesma,
Sem aquele dom de não amar-te
Por recear teu gosto descortês,
Vergonhosa ofensa, acusação delirante.
Ah! Meu doce equívoco!
Minha arroçada aventura!
Eu não esperava nem mais um instante
Para te dizer que a minha alma
Arde em loucura...
Ah! Se eu pudesse situar-me no tempo
E pôr de parte os velhos conceitos
De amor ultrapassado...
Ah! Meu doce engano!
Minha aurora de vento!
As minhas palavras não teriam fundamento
E, na hora de confessar-te
O segredo que me atormenta,
A minha voz mentiria sem querer...
Ah! Se eu pudesse não viver
Para não cair na tentação de te ferir
E inconscientemente trair quem não merece...
Ah! Meu desejo ardente!
Minha concha de medo!
Eu só lamento não ter coragem
De desvendar o meu segredo!
Felizes se temos mãe,
Nunca nos sentimos sós.
É dela que ~mais gostamos...
É quem gosta mais de nós...
Amor de mãe, sol de vida,
Que o mau tempo não encobre!
Quem não tem pão nem guarida
Se tem mãe, não é pobre
Sonhei um dia apenas
Nas tuas mãos amenas.
Sonhei um amor possível,
Um amor agradável.
Sonhei contigo amor,
Aquilo que tu querias,
Mas que não sabias.
Sonhei. sonhei o quê?
Sonhos e fantasias
No momento em que rias,
Sonhos inoportunos
Sim, imundos talvez.
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. CHOVE SOLIDÂO DENTRO DE M...
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